Diário da Lua Vermelha

8.11.16


Na busca por um resgate do Sagrado Feminino e empoderamento da mulher contemporânea em comunhão com o meio ambiente, algumas práticas de promoção ao autoconhecimento têm sido adotadas. Uma delas é a observação do ciclo menstrual e sua relação com os ciclos da natureza.

"Na Antiguidade, o ciclo menstrual da mulher seguia as fases lunares com tanta precisão que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e perdendo, assim, o contato com seu próprio ritmo e seu corpo, fato que teve como consequência vários desequilíbrios hormonais, emocionais e psíquicos. Para restabelecer essa sincronicidade natural, tão necessária e salutar, a mulher deve se reconectar à Lua, observando a relação entre as fases lunares e seu ciclo menstrual. Compreendendo o ciclo da Lua e a relação com seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá cooperar com seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando seus desequilíbrios e fortalecendo sua psique. Para compreender melhor a energia de seu ciclo menstrual, cada mulher deve criar um Diário da Lua Vermelha" (FAUR, 2015, p. 498).

Como uma forma de exercitar a auto-observação e restabelecer a sintonia ancestral com os ciclos lunares, no diário da lua vermelha a mulher pode montar diagramas menstruais e anotar pensamentos, relatos de sonhos, desenhos, estudos sobre seus ciclos, entre outras atividades que contribuam para a livre expressão e autoconhecimento.

diagrama menstrual é basicamente um calendário menstrual. Sendo um diagrama para cada ciclo, sugere-se que sejam anotados os dias de menstruação (ou seja, dias da lua vermelha), os demais dias do ciclo menstrual, as fases do ciclo lunar, estado emocional, estado físico, sexo e outras informações que queira. É uma forma de acompanhar as mudanças físico-emocionais de cada fase do ciclo menstrual e servir de auxílio para métodos de percepção da fertilidade.

"Quando começamos a 'redescobrir' a Lua, abre-se um novo mundo diante de nós, com o reconhecimento e aproveitamento de qualidades adormecidas, tais como percepção intuitiva, a expressão verdadeira de emoções profundas, a criatividade e a inspiração. Reconhecendo nossa natureza cíclica, podemos buscar o alinhamento das marés internas com os ciclos externos" (FAUR, 2011, p. 211).


O Diário da Lua Vermelha pode ser feito manualmente, de acordo com as necessidades de cada mulher. Contudo, há alguns modelos prontos, como a Mandala Lunar (imagem acima). Caso queira adquirir, entre em contato pelo e-mail mulherciclica@gmail.com.

REFERÊNCIAS

FAUR, M. Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas. São Paulo: Editora Pensamento, 2011.
FAUR, M. O Anuário da Grande Mãe. São Paulo: Editora Alfabeto, 2015.

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